A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou a aplicação da bandeira tarifária vermelha para o mês de setembro, encarecendo a conta de luz dos brasileiros a partir deste domingo. Com essa medida, haverá um acréscimo de R$ 7,88 para cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos, impactando tanto residências quanto empresas em todo o país.
O consumo médio de uma residência urbana brasileira varia entre 150 kWh e 200 kWh por mês, o que significa que a mudança na bandeira tarifária vai gerar um aumento perceptível nas contas de energia elétrica. A decisão da Aneel reflete a necessidade de utilização de fontes de energia mais caras, como as termelétricas, especialmente nos períodos de pico de consumo e baixa geração de energia renovável.
A ativação da bandeira vermelha é um indicativo de que os custos de geração de energia aumentaram, situação exacerbada pela seca na região Norte do Brasil, que reduziu a capacidade de produção das hidrelétricas. Este cenário já havia sido visto pela última vez em agosto de 2021, durante a crise hídrica, e novamente em setembro do mesmo ano com a implementação da bandeira “escassez hídrica”, que vigorou até abril de 2022.
Revisão das Bandeiras Tarifárias:
Em março deste ano, a Aneel anunciou uma redução nos valores das bandeiras tarifárias de até 37%, ajustando os custos adicionais conforme as condições de geração de energia. Atualmente, a bandeira verde não implica em custos extras para os consumidores, enquanto a bandeira amarela tem uma tarifa de R$ 1,88 por cada 100 kWh. Já a bandeira vermelha patamar 1 e a bandeira vermelha patamar 2, que refletem condições desfavoráveis e muito desfavoráveis, cobram R$ 4,46 e R$ 7,87 por cada 100 kWh, respectivamente.
A recente mudança para a bandeira vermelha patamar 2 reflete um ajuste necessário devido às condições dos reservatórios e à maior dependência de usinas termelétricas, mais custosas, para suprir a demanda de energia do país.