Hapvida: Lucros Bilionários à Custa da Saúde Pública e dos Servidores de Porto Alegre

A iminente contratação da Hapvida como operadora do plano de saúde dos servidores da Prefeitura de Porto Alegre levanta sérias preocupações. Apesar de apresentar lucros bilionários, a empresa acumula denúncias de má prestação de serviços e dívidas significativas com o Sistema Único de Saúde (SUS).

Servidores à Mercê de um Atendimento Precário

O Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa) tem denunciado reiteradamente a precariedade dos serviços prestados pela Hapvida, especialmente após a incorporação do Centro Clínico Gaúcho (CCG). Relatos incluem descredenciamentos de unidades de atendimento, interrupções abruptas em tratamentos essenciais, como os de saúde mental e câncer, e a dificuldade de acesso a serviços médicos. Mesmo após diversas reuniões com representantes da prefeitura, as melhorias prometidas não se concretizaram, deixando os servidores e seus familiares em situação de vulnerabilidade.

Lucros Exorbitantes e Dívidas com o SUS

Em 2024, a Hapvida registrou um lucro líquido de R$ 1,8 bilhão, revertendo prejuízos anteriores. No entanto, esse desempenho financeiro contrasta com a dívida de aproximadamente R$ 700 milhões referente ao ressarcimento ao SUS por atendimentos realizados na rede pública a seus beneficiários. A empresa tem contestado judicialmente os valores devidos, alegando discordância com os cálculos apresentados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

Transparência Questionável e Riscos para o Município

A complexa estrutura empresarial da Hapvida, com múltiplos CNPJs e denominações, dificulta a transparência sobre quem realmente presta os serviços contratados. Essa falta de clareza, aliada às dívidas com o SUS e às denúncias de má prestação de serviços, coloca em risco a saúde dos servidores municipais e a responsabilidade fiscal do município.

Conclusão

Diante dos fatos apresentados, é imperativo que a Prefeitura de Porto Alegre reavalie a contratação da Hapvida como operadora do plano de saúde dos servidores municipais. A saúde dos trabalhadores e a integridade dos recursos públicos não podem ser comprometidas por decisões que favorecem empresas com histórico questionável e práticas empresariais duvidosas.

Este artigo visa alertar a população e as autoridades sobre os riscos envolvidos na contratação da Hapvida e promover uma discussão transparente sobre a gestão da saúde pública no município.

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