No jogo “South Park: The Fractured But Whole”, o nível de dificuldade é definido pela cor da pele do personagem

Lançado em 2017, South Park: The Fractured But Whole gerou polêmica ao introduzir um sistema de dificuldade baseado na cor da pele do personagem. Durante a criação do protagonista, quanto mais escura a pele escolhida, maior é a dificuldade do jogo. Essa mecânica, embora não afete os combates diretamente, influencia a quantidade de dinheiro recebido e a forma como os NPCs reagem ao jogador, satirizando as desigualdades raciais no mundo real – uma marca do humor ácido da série.

O jogo, desenvolvido pela Ubisoft em parceria com os criadores da animação, Trey Parker e Matt Stone, é uma continuação de South Park: The Stick of Truth (2014). Desta vez, a aventura se passa em um universo de super-heróis, parodiando franquias como Os Vingadores e X-Men. O jogador assume o papel de “Garoto Novo”, que se junta ao grupo liderado por Cartman para enfrentar vilões e rivalidades internas entre os amigos.

A jogabilidade segue o estilo RPG de turnos, mas com um sistema de movimentação mais estratégico em combate. Além disso, há inúmeras personalizações para o personagem e a possibilidade de escolher diferentes classes com habilidades únicas. O humor irreverente e a sátira política continuam sendo o grande diferencial, abordando temas como racismo, política e a indústria do entretenimento.

Mesmo com a controvérsia da mecânica de dificuldade, The Fractured But Whole foi bem recebido pela crítica e pelos fãs, elogiado por sua fidelidade ao material original e pelas mecânicas refinadas em comparação ao primeiro jogo. No entanto, sua recepção foi um pouco mais morna do que a de Stick of Truth, já que o impacto da novidade havia diminuído. Ainda assim, o jogo se consolidou como uma experiência divertida e provocativa, fiel ao espírito irreverente de South Park.

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