Há 2 dias da eleição, Polícia apreende R$ 36 mil em espécie com candidato a vice-prefeito em SC

O candidato a vice-prefeito de Laguna, Nilson Coelho Filho, conhecido como Nilsinho (PP), foi abordado pela Polícia Civil de Santa Catarina na última sexta-feira (4) portando dois malotes com R$ 36 mil em seu carro. As autoridades suspeitam que o dinheiro seria utilizado para compra de votos no município, conforme parte da investigação da Operação “Tempus Veritatis”, lançada dias antes, em 2 de outubro.

A operação tem como objetivo desarticular um esquema de corrupção eleitoral sofisticado, envolvendo a compra de votos em Laguna. De acordo com a Polícia Civil, Nilsinho foi levado à delegacia, onde teve seu celular e o dinheiro apreendidos. Ele faz parte da chapa liderada pelo ex-prefeito Mauro Candemil (MDB).

As investigações revelaram que um sítio de propriedade de um ex-agente público de Laguna foi usado para esconder grandes somas de dinheiro destinadas à cooptação de eleitores para um determinado partido. Durante uma operação de busca no local, os principais suspeitos conseguiram fugir, supostamente avisados por alguém com acesso à operação policial. Mesmo assim, as autoridades identificaram vários suspeitos, incluindo candidatos, agentes públicos e policiais envolvidos no esquema.

Além disso, os policiais apreenderam documentos que reforçam as suspeitas de corrupção eleitoral, como envelopes com dinheiro e listas de possíveis eleitores corrompidos.

O delegado Bruno Fernandes, que coordena a operação, destacou o compromisso da Polícia Civil com a justiça eleitoral. “Nossa missão é assegurar que o processo eleitoral seja justo, transparente e livre de influências criminosas que possam comprometer a vontade popular”, afirmou Fernandes. O delegado Ricardo Kelleter, que também participa da operação, reforçou que Santa Catarina não tolerará corrupção eleitoral e que todos os envolvidos, independentemente de sua posição, serão investigados e responsabilizados.

Nilsinho se manifestou por meio de suas redes sociais após a apreensão, afirmando que tudo não passa de um “jogo político”. Ele alegou que o dinheiro encontrado era destinado ao pagamento de seus funcionários, já que atua no setor de construção civil. “Fui apreendido como um bandido, com 18 mil reais em espécie, indo pagar meus funcionários. Um terço da minha folha de pagamento depende disso”, declarou em vídeo, classificando a situação como “covardia”.

 

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