Padrasto é condenado a 25 anos por matar enteada bebê em Porto Alegre

Foi condenado a 25 anos e oito meses de prisão, em regime fechado, um homem acusado de matar a enteada de apenas um ano e sete meses, em Porto Alegre. O julgamento ocorreu nesta segunda-feira (14), no Tribunal do Júri da Capital. O crime, praticado por asfixia e surpresa, aconteceu em abril de 2016 no bairro Restinga, zona sul da cidade. O réu foi denunciado pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) e já possuía outra condenação por tentativa de homicídio contra a irmã da vítima.

Segundo o promotor de Justiça Vinicius de Melo Lima, que atuou no caso, a criança foi asfixiada após aspirar alimentação líquida. O médico que atendeu a ocorrência relatou ter encontrado um líquido escuro, semelhante a leite achocolatado, nas vias aéreas da menina, que chegou já sem vida ao Hospital da Restinga. O MPRS já interpôs recurso para solicitar o aumento da pena imposta ao condenado.

As investigações revelaram que o acusado agia movido por vingança contra a companheira e mãe das crianças, utilizando as filhas dela — fruto de outros relacionamentos — como alvos. A condenação anterior do réu, de 16 anos por tentativa de homicídio contra a outra enteada, já transitou em julgado, tornando-se definitiva. O caso reforça a gravidade da violência doméstica contra crianças e o impacto devastador de agressões cometidas dentro do próprio ambiente familiar.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.