Um gerente de relacionamento do Banco do Brasil foi condenado a quatro anos e seis meses de reclusão, em regime semiaberto, por gestão fraudulenta de recursos durante sua atuação na agência de Arvorezinha, no Vale do Taquari, Rio Grande do Sul. A sentença foi proferida pela 22ª Vara Federal de Porto Alegre.
A investigação do Ministério Público Federal (MPF) apontou que, entre 2014 e 2015, o gerente participou da liberação de sete operações de crédito agrícola irregulares, utilizando documentos falsos ou sem a documentação obrigatória, em desacordo com os programas Pronamp e Pronaf.
De acordo com a sentença, os contratos foram aprovados com auxílio de uma empresa de assistência técnica gerenciada pela esposa do acusado, situada em frente à agência bancária. Parte dos recursos era depositada na conta de terceiros, considerados “laranjas”, ou na própria conta do réu e da empresa de assessoria.
Durante a apuração, uma auditoria interna do banco constatou a liberação de crédito sem comprovação da produção agropecuária e sem os documentos exigidos pelas normas dos programas de fomento agrícola.
O gerente geral da agência, também denunciado, foi absolvido por falta de provas. Já o gerente de relacionamento foi considerado o principal responsável pelas irregularidades, por dominar os processos técnicos, acolher propostas e inserir informações falsas no sistema bancário.
Além da pena de prisão, o réu foi condenado a pagar multa e indenizar o banco em R$ 355,82 mil pelos prejuízos causados. A decisão é de primeira instância e cabe recurso ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4).
