Estudo aponta que ficar acordado até tarde tem relação com a depressão

Pesquisadores da Universidade de Surrey, na Inglaterra, identificaram uma correlação entre pessoas que costumam ficar acordadas até tarde e um maior risco de depressão. O estudo analisou dados de 546 estudantes universitários, com idades entre 17 e 28 anos, coletados entre abril de 2021 e março de 2023. Os resultados mostraram que quase metade dos participantes foi classificada como noturna e apresentou mais sintomas depressivos, além de maior consumo de álcool e transtornos alimentares.

Segundo o autor do estudo, Simon Evans, a relação pode ser explicada pelo fato de os notívagos apresentarem menor atenção plena no dia a dia, pior qualidade de sono e consumo elevado de álcool. O acúmulo de débito de sono e o chamado jet lag social foram apontados como fatores que prejudicam a qualidade do descanso dos cronótipos noturnos, enquanto os matutinos relataram uma rotina mais equilibrada e com menos fadiga.

Os pesquisadores destacam que a depressão afeta milhões de pessoas no mundo e pode comprometer o desempenho acadêmico e profissional, além de aumentar o risco de doenças graves, como problemas cardíacos e derrames. Por isso, sugerem estratégias para incentivar maior atenção plena, como práticas de meditação, além de medidas para melhorar a qualidade do sono e reduzir o consumo de álcool.

Uma das recomendações do estudo é a adaptação dos horários escolares e acadêmicos, permitindo que alunos com hábitos noturnos possam dormir mais e, assim, reduzir os impactos negativos do sono irregular. Evans aponta que a flexibilização dos horários pode ser uma alternativa viável para mitigar o risco de depressão entre esse grupo.

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