Inadimplência das empresas aumenta após alta da Selic, segundo indicador

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No nono relatório de 2024 do Índice Multiplike de Devedores (IMD), observou-se que o índice de inadimplência das empresas voltou a subir após três meses de queda, alcançando o menor percentual em junho desde julho de 2022. Em setembro, a inadimplência atingiu 11,52%, comparada a 10,82% em agosto. O IMD oferece uma análise completa da inadimplência em curto, médio e longo prazo.

A faixa de dívidas com vencimento acima de 360 dias registrou a maior variação, passando de 19,05% para 20,37% em setembro. De forma semelhante, a faixa de vencimentos de curto prazo, até 30 dias, aumentou de 39,18% para 39,75% no mesmo período. A faixa entre 61 e 90 dias teve um aumento menor, de 8,16% para 8,29%. As demais faixas apresentaram uma leve queda, totalizando 31,59%.

Em setembro, o patrimônio líquido total dos FIDCs analisados chegou a R$ 53,6 bilhões, sendo R$ 52,5 bilhões referentes a direitos creditórios, praticamente todo o montante. Desse total, R$ 6,05 bilhões não foram liquidados na data originalmente prevista. O estudo de setembro abrangeu uma amostra de 357 FIDCs.

Com base nos dados atuais do Índice Multiplike de Devedores (IMD), que analisa o contexto Multicedente/Multissacado, Volnei Eyng, CEO da Multiplike, destaca que a inadimplência diminuiu com a redução da taxa Selic no segundo semestre de 2023 e no primeiro semestre de 2024. Durante a estabilidade da Selic, a inadimplência permaneceu em torno de 10,82%, mas com o novo ciclo de alta dos juros, a taxa já mostra novos aumentos, alcançando 11,52% em setembro.

O índice de inadimplência costuma seguir de perto as variações da taxa Selic. Os dados extraídos da CVM mostram o comportamento de uma inadimplência estável até agosto, no entanto, com a expectativa de aumento da Selic, que já subiu agora em setembro, já se nota, em prazos mais curtos, um início de aumento da inadimplência, como evidenciado nos gráficos”, completa.

A Multiplike apresenta uma inadimplência sobre sua carteira de direitos creditórios muito abaixo da média de mercado, com um percentual de apenas 2,13% de vencidos. Destes, 96,71% são títulos vencidos há menos de 30 dias, indicando um risco muito menor em comparação com a média do mercado. “Nós conseguimos isso, porque investimos muito em tecnologia e pessoas qualificadas, além do nosso histórico de mercado”, finaliza Volnei.

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