Pela primeira vez desde 2016, um nome feminino volta a liderar o ranking de registros civis no Brasil. Segundo dados divulgados pela Arpen-Brasil (Associação dos Registradores de Pessoas Naturais), Helena foi o nome mais registrado em 2024, com 22.533 registros em cartórios de todo o país. A escolha desbancou Miguel, que ocupava o topo da lista há quatro anos consecutivos.
O levantamento marca uma mudança significativa na preferência dos brasileiros por nomes de bebês. Desde 2016, quando Maria Eduarda foi o nome feminino mais escolhido, a lista vinha sendo dominada por nomes masculinos — com destaque para Miguel, que se tornou uma tendência consolidada entre os pais brasileiros.
A ascensão de Helena, no entanto, não foi repentina. De acordo com a Arpen-Brasil, o nome vem crescendo de forma constante na última década. Em 2015, ocupava a 45ª posição no ranking nacional de registros. Em 2017, já figurava em 21º lugar, subindo para 15º em 2019. A partir de 2020, tornou-se o nome feminino mais registrado do país, sendo superado apenas uma vez, em 2022, por Maria Alice.
A preferência por nomes clássicos e atemporais parece se consolidar entre os brasileiros. Helena, que tem origem grega e significa “luz” ou “reluzente”, carrega um forte simbolismo cultural e histórico, o que pode justificar sua crescente popularidade.
O relatório anual da Arpen-Brasil é elaborado com base nos dados oficiais dos cartórios de registro civil de todo o país, representando um retrato fiel das escolhas dos pais brasileiros no momento de nomear seus filhos.
Com Helena no topo, 2024 marca não apenas uma virada no ranking, mas também um indicativo de que os nomes femininos voltam a ganhar força entre as preferências nacionais — revelando tendências que misturam tradição, beleza e significado.
