Na noite de 27 de janeiro de 2013, Jéssica tinha um compromisso especial: ela havia organizado uma festa que aconteceria na Boate Kiss, em Santa Maria (RS). Tudo estava pronto. Amigos confirmados, expectativas altas. Mas, por volta das 18h, uma ligação mudou o rumo de sua história.
Do outro lado da linha, o namorado. Ele dizia não estar bem e pediu que conversassem. Pediu, também, que ela não fosse à festa.
Jéssica atendeu ao pedido. Não foi.
Horas depois, viu pela televisão o que se tornaria a maior tragédia em casas noturnas da história do Brasil. O incêndio na Boate Kiss matou 242 pessoas. Metade das amigas de Jéssica estavam entre as vítimas.
Chocada e ainda processando a perda, ela decidiu viajar dias depois para reencontrar o namorado — o mesmo que, sem saber, havia salvado sua vida. No dia 2 de fevereiro de 2013, enquanto voltavam juntos para Santa Maria, o carro em que estavam colidiu com um caminhão na estrada.
Jéssica e o namorado morreram na hora. A história de Jéssica é uma entre tantas marcadas pela tragédia da Kiss.
