O famoso queijo gorgonzola, amplamente consumido nas mesas brasileiras, deverá mudar de nome em razão de um tratado firmado entre o Mercosul e a União Europeia. A partir de sua ratificação, apenas os queijos produzidos na região italiana de Gorgonzola, com selo de Indicação Geográfica (IG), poderão manter essa nomenclatura.
Assim como já ocorre com o champanhe, que passa a ser chamado de espumante quando não vem da região de Champagne, o gorgonzola também terá sua proteção geográfica validada. No Brasil, essa medida se equipara ao reconhecimento de produtos como o queijo canastra, que possuem tradição e local de origem definidos.
A legislação proíbe o uso de termos como “estilo gorgonzola” ou “sabor gorgonzola” por fabricantes fora da Itália. Indústrias brasileiras precisarão rebatizar o produto, provavelmente com nomes genéricos ou inspirados em regiões nacionais, como parte de um movimento de adequação ao novo pacto comercial.
O acordo, que protege 358 produtos europeus e 222 da América do Sul, ainda depende de aprovação do Congresso Nacional. Enquanto isso, laticínios brasileiros e consumidores devem estar atentos aos rótulos que começarão a refletir as mudanças nas prateleiras.