Na noite de terça-feira (13), uma operação do Núcleo de Fiscalização Ambiental da Secretaria Municipal de Saúde resultou na captura de 28 escorpiões amarelos no Centro Histórico de Porto Alegre. A ação, que contou com apoio do Departamento Municipal de Água e Esgotos (DMAE), envolveu a abertura de 34 caixas secas e tampas de esgoto nos arredores da Praça Dom Feliciano.
Esta foi a sexta incursão noturna realizada na região em 2025, totalizando 216 capturas somente neste ano. O Centro Histórico segue como o bairro com maior número de ocorrências e avistamentos da espécie. Dos três casos de picadas registrados pela Vigilância Ambiental em 2024, dois ocorreram na região central e um no bairro Mário Quintana.
O escorpião amarelo é considerado altamente venenoso, podendo provocar a morte em poucas horas, especialmente em crianças, idosos ou pessoas com problemas de saúde. Os sintomas mais comuns incluem dor aguda no local da picada, que pode evoluir rapidamente se não houver atendimento médico. Em Porto Alegre, o Hospital de Pronto Socorro (HPS) é o único que dispõe do soro antiescorpiônico.
Um aspecto peculiar da biologia dessa espécie é a reprodução exclusivamente feita por fêmeas, por meio da partenogênese – processo em que não há necessidade de machos. Elas vivem, em média, quatro anos e são capazes de gerar cerca de 160 filhotes ao longo da vida.
Dados dos últimos anos
Em 2024, a Vigilância Ambiental contabilizou quatro acidentes com pessoas e um com um animal (um cachorro). Em 2023, foram sete acidentes e 585 capturas ou visualizações. Já em 2022, houve seis acidentes e 475 registros de presença do animal em bairros como Santa Teresa, Menino Deus, Passo da Areia e Anchieta.
O escorpião amarelo não é nativo de Porto Alegre. A hipótese mais aceita é que tenha sido introduzido acidentalmente por caminhões transportando hortaliças da região Sudeste para a Ceasa. Desde 2016, a cidade conta com um monitoramento constante conduzido pela Diretoria de Vigilância em Saúde.
Prevenção e cuidados
Por se alimentarem principalmente de baratas, os escorpiões tendem a aparecer em ambientes com resíduos orgânicos e falta de higiene. Por isso, manter a limpeza de casas, calçadas e estabelecimentos comerciais é fundamental.
Confira algumas medidas preventivas:
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Inspecione roupas, calçados, toalhas e roupas de cama antes de usar;
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Mantenha camas e berços afastados das paredes;
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Evite que lençóis encostem no chão;
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Utilize telas em ralos e feche frestas em móveis e paredes;
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Limpe periodicamente ralos, caixas de gordura e locais úmidos;
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Mantenha os ambientes livres de lixo, entulhos ou acúmulo de materiais;
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Em comércios, tenha cuidado ao manusear produtos próximos ao chão.
Em caso de visualização de escorpiões, o cidadão deve entrar em contato pelo serviço 156 (telefone, aplicativo 156+POA ou pelo site 156web.procempa.com.br), informando o local exato da ocorrência e um meio de contato.
