A Polícia Militar Ambiental capturou, na madrugada desta quinta-feira (24), uma onça-pintada de 94 quilos que rondava o pesqueiro onde Jorge Avalo, de 60 anos, foi atacado e morto na última segunda-feira (21), no Pantanal de Aquidauana (MS). Especialistas afirmam que a morte da vítima pode ter ocorrido de forma rápida e, provavelmente, sem dor, uma vez que a mordida da onça geralmente atinge o crânio ou a nuca, causando inconsciência imediata. O biólogo Henrique Abrahão confirmou o esmagamento do crânio, o que indicaria uma morte veloz, embora não se possa descartar a dor sem uma necropsia detalhada.
A força da mordida da onça-pintada — a mais potente entre todos os felinos — é destacada por biólogos, que reforçou a possibilidade de Jorge ter perdido a consciência quase imediatamente após o ataque. A análise definitiva sobre o sofrimento da vítima só será possível após exames técnicos. O animal capturado foi levado para o Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (Cras), em Campo Grande, onde passará por exames para confirmar se é o mesmo responsável pelo ataque.
A operação de captura contou com apoio de dez policiais da PMA e usou mais de dez armadilhas ao redor do pesqueiro, como parte das ações determinadas pelo governo de Mato Grosso do Sul. O local do ataque estava isolado desde o início da semana, enquanto os agentes atuavam com cautela para evitar novos confrontos entre humanos e o predador.
Segundo o governo estadual, o felino permanecerá em quarentena no Cras, que será fechado temporariamente para visitas. O pesquisador Gediendson Ribeiro de Araújo, da UFMS, acompanhou a operação e destacou que o caso servirá de base para aprimorar protocolos de convivência entre comunidades ribeirinhas e animais silvestres no bioma.