A chuva de meteoros Líridas, um dos fenômenos astronômicos mais tradicionais e esperados do ano, está em plena atividade nos céus do Brasil. Desde o dia 14 de abril, a Terra começou a atravessar uma região do espaço repleta de fragmentos deixados pelo cometa Thatcher (C/1861 G1), o que tem proporcionado aparições frequentes de meteoros visíveis a olho nu. O auge da Líridas está previsto para começar na noite desta segunda-feira (21) se estendendo e tendo seu pico pela madrugada de terça-feira (22), quando será possível observar até 18 meteoros por hora em locais com boas condições de visibilidade.
Esse espetáculo celeste é causado pela entrada desses pequenos detritos na atmosfera da Terra. Ao se deslocarem em altíssima velocidade e entrarem em contato com moléculas de oxigênio, eles acabam se aquecendo e queimando parcialmente, produzindo riscos luminosos que cruzam o céu — o fenômeno popularmente conhecido como estrela cadente. Embora esse tipo de aparição possa ocorrer em diversos momentos do ano, a chuva das Líridas se destaca por sua regularidade histórica e pelos meteoros mais rápidos e brilhantes, que frequentemente deixam rastros luminosos duradouros e, em alguns casos, geram bolas de fogo.
Para aproveitar melhor o fenômeno, especialistas recomendam que a observação seja feita em locais escuros e afastados da iluminação urbana. A visualização dos meteoros será mais favorável nas horas de menor luminosidade lunar e para quem estiver voltado para o quadrante norte, especialmente próximo à estrela Vega, uma das mais brilhantes do céu noturno.
A chuva de meteoros Líridas permanece ativa até o dia 30 de abril.