Gentileza com chatbots custa caro: OpenAI gasta milhões com “por favor” e “obrigado”

O CEO da OpenAI, Sam Altman, revelou que palavras educadas como “por favor” e “obrigado” direcionadas a chatbots estão custando dezenas de milhões de dólares em consumo de energia à empresa. A afirmação veio como resposta a uma pergunta nas redes sociais e reacendeu um debate curioso: afinal, vale a pena tratar inteligências artificiais com cortesia? Especialistas como Kurtis Beavers, da Microsoft, dizem que sim — segundo ele, a etiqueta influencia diretamente a qualidade das respostas e ajuda a estabelecer um tom mais colaborativo nas interações.

Apesar de parecer inofensiva, essa gentileza tem impactos reais no meio ambiente. Segundo uma investigação do Washington Post, em parceria com a Universidade da Califórnia, a geração de apenas um e-mail de 100 palavras por IA consome energia suficiente para alimentar 14 lâmpadas LED por uma hora. Com o crescimento exponencial do uso de IA, os data centers responsáveis já consomem cerca de 2% da eletricidade mundial — uma cifra que tende a aumentar com a popularização da tecnologia.

Uma pesquisa feita no fim de 2024 mostrou que 67% dos americanos são gentis com seus chatbots, sendo que mais da metade faz isso por achar “a coisa certa a fazer”. No entanto, à medida que os impactos ambientais se tornam mais visíveis, cresce o apelo para que os usuários adotem práticas mais sustentáveis. Em outras palavras: talvez seja hora de pensar duas vezes antes de elogiar o chatbot — e, quem sabe, escrever aquele e-mail sozinho.

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