Três homens acusados de integrar um grupo criminoso responsável pelo resgate de dois apenados em janeiro de 2005 serão julgados nesta quarta-feira (9), pelo Tribunal do Júri de Montenegro, no Vale do Caí. Durante a ação, que envolveu troca de tiros em uma estrada do município, o policial penal Jair Fiorin foi baleado e morreu posteriormente no hospital. O caso é conduzido pelos promotores de Justiça Caio Isola de Aro e Valério Cogo, designados pelo Núcleo de Apoio ao Júri (NAJ).
Os réus respondem por homicídio qualificado por motivo torpe, uso de recurso que dificultou a defesa da vítima e por agir para assegurar a impunidade de outro crime, além de responderem por delitos conexos, como roubos, cárcere privado e formação de quadrilha. O crime chocou a comunidade à época pela violência empregada e pelo impacto no sistema prisional.
Os três já haviam sido condenados em 2013, mas o julgamento foi anulado após uma manobra considerada ilegal por parte da defesa. Ainda naquele ano, em processos distintos, foram condenados o líder do grupo resgatado e o comparsa que organizou a operação do lado de fora da penitenciária. O novo julgamento busca encerrar, de forma definitiva, o caso que se arrasta há quase duas décadas.
