No início do século passado, era possível transportar pessoas do lado de fora da cabine do carro

Nos anos 1920 e 1930, o rumble seat, também conhecido como dickey seat, era um assento adicional localizado na parte traseira de automóveis, geralmente conversíveis. Esse banco dobrável ficava dentro do porta-malas e podia ser aberto para acomodar um ou dois passageiros extras. A ideia era oferecer mais espaço sem comprometer o design elegante dos veículos da época, sendo uma solução popular em carros esportivos e de luxo, como os modelos da Ford, Cadillac e Packard.

Apesar de seu charme e apelo nostálgico, o rumble seat tinha algumas desvantagens. Como ficava exposto ao tempo, passageiros sentados ali não tinham proteção contra chuva, vento ou poeira da estrada. Além disso, o acesso ao banco traseiro não era dos mais práticos, exigindo que os ocupantes subissem por degraus embutidos na lataria do carro. Ainda assim, esse tipo de assento era uma escolha comum para jovens e aventureiros, tornando-se símbolo de liberdade e diversão.

Com o avanço da indústria automobilística e a introdução de veículos maiores e mais confortáveis, o rumble seat começou a desaparecer no final da década de 1930. O design dos carros passou a priorizar cabines fechadas e assentos internos mais espaçosos, tornando a ideia de um banco externo obsoleta. Além disso, preocupações com segurança e conforto levaram as montadoras a abandonarem esse recurso em favor de configurações mais modernas.

Hoje, os automóveis equipados com rumble seats são raridades muito valorizadas por colecionadores e entusiastas de carros clássicos. Restaurados com cuidado, esses veículos evocam uma era glamourosa da história automotiva, relembrando tempos em que viajar ao ar livre, mesmo com as adversidades, era um luxo e uma aventura.

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