Funcionários do Aeroporto Salgado Filho denunciam condições de trabalho “desumanas”: Falta de ar-condicionado e sobrecarga de turnos

No Aeroporto Salgado Filho em Porto Alegre, a situação de trabalho tem se tornado cada vez mais difícil para os funcionários que atuam no canal de inspeção. Trabalhadores denunciam que o ambiente, além de não contar com ar-condicionado, se torna insuportável nas primeiras horas da manhã, quando o movimento aumenta. “Chegamos a trabalhar encharcados de suor, de manga longa, e sem ventilação, o que prejudica a nossa saúde”, afirma um dos funcionários.

A situação piora devido ao aumento das exigências de inspeções aleatórias de passageiros, que antes eram de 3%, conforme determinado pela ANAC, e foram elevadas para 5% pela concessionária Fraport. De acordo com os denunciantes, a falta de efetivo e a sobrecarga de trabalho, especialmente durante o embarque lotado, agravam ainda mais as condições. A equipe tem sido obrigada a trabalhar em condições ruins, sem sequer poder solicitar folgas devido à falta de pessoal.

Desde outubro, os trabalhadores retornaram a fazer hora extra, mas denunciam que não estão sendo pagos adequadamente por essas horas. “Não recebemos nossas horas extras, o que só agrava a situação de já estarmos sobrecarregados”, completa outro funcionário. A falta de respostas adequadas para essas questões também foi ressaltada, pois os funcionários mencionam que, antes, as explicações da concessionária sobre o uso do ar-condicionado eram atribuídas à pandemia, e agora são relacionadas à enchente. Atualmente, cerca de 150 funcionários estão distribuídos em quatro turnos.

Nossa reportagem tentou contato com a concessionária Fraport que administra o aeroporto e até a divulgação desta matéria não tivemos retorno. Mantemos o canal aberto para qualquer manifestação.

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