Lula admite que governo não entregou o que prometeu: “A gente não está entregando aquilo que prometeu”

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nessa quinta-feira (30) que entende as avaliações negativas feitas pela população sobre o governo federal. Segundo ele, as pessoas “têm razão” ao expressar insatisfação nos levantamentos que medem a popularidade de sua gestão. Nos últimos meses, pesquisas indicaram uma queda nos índices de aprovação do presidente.

O povo tem razão. A gente não está entregando aquilo que prometeu, então como o povo vai falar bem se a gente não está entregando? É preciso ter muita paciência”, afirmou Lula, em coletiva de imprensa no Palácio do Planalto.

O presidente ponderou que o segundo ano de governo é um momento crucial para a avaliação popular. “Você tem um primeiro ano de governo que quando você ganhou as eleições, o povo tem muita expectativa e está muito tranquilo. No segundo ano, começa o povo a saber se a expectativa está sendo cumprida”, ponderou.

Apesar da queda na aprovação, Lula afirmou que não se preocupa com os números das pesquisas, pois considera que esses levantamentos servem para orientar ajustes na administração. Ele também minimizou a relevância dos dados recentes para uma análise sobre as eleições de 2026. “É muito cedo para fazer pesquisa sobre 2026 e muito cedo para você avaliar o governo com dois anos”.

Lula destacou que, na última reunião ministerial, realizada em 21 de janeiro, o governo concluiu que preparou, nos últimos dois anos, mais do que em seus mandatos anteriores. Ele garantiu que as ações prometidas serão concretizadas. “Eu quero que vocês anotem: nós vamos entregar. Porque não é apenas um programa de governo, é uma profissão de fé. Você acha que eu seria eleito presidente mais uma vez se eu não tivesse no horizonte que eu tenho que fazer mais do que eu fiz de 2003 a 2010?”.

Nos bastidores, integrantes do governo avaliam que um dos fatores que contribuem para a insatisfação popular é a comunicação da gestão. Em resposta a isso, houve uma recente mudança no comando da Secretaria de Comunicação (Secom), com Sidônio Palmeira assumindo o posto antes ocupado por Paulo Pimenta. A entrevista concedida nessa quinta-feira (30) faz parte de uma estratégia da nova Secom para ampliar a presença do presidente nos meios de comunicação e fortalecer o diálogo com a população.

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