Prefeito de Cachoeirinha exonera chefe administrativo sob suspeita de superfaturamento de cestas básicas

O prefeito de Cachoeirinha, Cristian Wasen, tomou a decisão de exonerar um chefe administrativo municipal após suspeitas de superfaturamento na compra de cestas básicas. O servidor em questão assinou, há cerca de um mês, a aquisição dos kits com preços acima dos praticados no mercado.

As denúncias, veiculadas pela imprensa, levaram à solicitação de abertura de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) na Câmara de Vereadores. O prefeito, em nota à imprensa, destacou que a exoneração foi uma medida de precaução enquanto uma sindicância é realizada:

“Embora a presunção de inocência, por cautela e visando a independência na apuração de fatos possivelmente ocorridos, determinei a exoneração da pessoa que assinou os documentos de compra de tais produtos, até o final da apuração. Em paralelo, estamos analisando as notas para identificar eventuais excessos e, caso de confirme o ilícito, exigir o reembolso ao Município”.

Além da exoneração, também foi ordenada a retenção do pagamento das cestas básicas. Uma das suspeitas é a participação da empresa fornecedora em um esquema para burlar o sistema tributário estadual, cobrando valores mais altos para itens com imposto zero.

Em um evento paralelo, a residência do mesmo servidor alvo de suspeitas de superfaturamento foi incendiada em 30 de maio, sob investigação da Polícia Civil. A possível relação entre este incidente e o caso das cestas básicas ainda está sendo investigada.

ONG sob investigação por desvios de doações

Paralelamente, o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS) iniciou uma investigação sobre supostos desvios de doações em uma ONG na mesma cidade. Três pessoas são suspeitas de participar do esquema, que envolve apropriação indevida de donativos com motivações políticas.

A investigação teve início após denúncias de descarregamento de uma carreta com donativos em um depósito não oficial. Mandados de busca e apreensão foram realizados, e documentos, celulares e mídias estão sendo analisados como parte do processo investigativo.