O vereador de Porto Alegre, Ramiro Rosário, está no centro de uma polêmica que ressurge em meio ao colapso do sistema anticheias e de drenagem da cidade. Quando era secretário de Serviços Urbanos durante a gestão de Nelson Marchezan Júnior (PSDB), Rosário esteve envolvido na extinção do Departamento de Esgotos Pluviais (DEP).
A decisão de transferir as funções do DEP para o Departamento Municipal de Água e Esgotos (DMAE), sem uma estrutura adequada, e de terceirizar a manutenção do sistema anticheias para a empresa Bombas Sinos, levantou sérias críticas, e nas redes sociais, após o assunto ganhar notoriedade, o político está bloqueando inúmeros cidadãos e até mesmo jornalistas.
Além disso, a indicação do engenheiro Thierri Moraes para fiscalizar o contrato com a Bombas Sinos durante a gestão de Rosário gerou ainda mais controvérsia. Em 2020, Moraes mudou de lado e tornou-se diretor comercial da empresa que deveria fiscalizar, levantando suspeitas de conflito de interesse e negligência na gestão pública. A situação agrava-se diante das falhas no sistema de drenagem da cidade, evidenciando o impacto negativo das políticas adotadas nas últimas gestões.
O vereador se manifestou através de nota, confira:
As operações do DEP nunca foram encerradas. Elas foram incorporadas em 2019 pela SMIM (obras e projetos) e pelo DMAE (manutenção). Graças à incorporação da parte de manutenção ao DMAE, garantiu-se, entre outras coisas, que 100% da tarifa 3 fosse investida em serviços de manutenção (dragagem de arroios, limpeza de bocas de lobo, etc). Antes, esse dinheiro (cerca de R$ 60 milhões por ano), ia para para o caixa único da prefeitura e não era investido em drenagem.
Há uma polêmica na cidade sendo criada por servidores do antigo DEP que eram contrários à incorporação, por não queriam perder suas FGs e privilégios.