A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) decidiu afastar, por tempo indeterminado, o árbitro Matheus Candançan após a polêmica atuação na partida entre Grêmio e CSA, pela Copa do Brasil. A entidade informou que o profissional está indisponível para novas escalas e que não há previsão de retorno, condicionando uma eventual reintegração a um rigoroso processo de reavaliação, que incluirá treinamentos, conversas técnicas e avaliações de desempenho.
O episódio que motivou a decisão ocorreu na noite de terça-feira (20), quando Candançan anulou um gol do Grêmio nos minutos finais, o que teria levado a decisão para os pênaltis. O árbitro alegou falta do zagueiro Kannemann sobre Igor Bahia, mas o lance foi amplamente considerado legítimo por analistas. A situação gerou grande revolta entre os gremistas, principalmente pelo impacto esportivo e financeiro da eliminação precoce do clube na competição.
Imagens da transmissão mostram que, durante a revisão no VAR, Candançan demonstrou nervosismo e chegou a discutir com o capitão gremista. Mesmo com a recomendação da árbitra de vídeo Daiane Muniz para revisar o lance, ele manteve a decisão de anular o gol. A CBF, no entanto, decidiu que o afastamento atinge apenas o árbitro principal, não incluindo os demais integrantes da equipe de arbitragem que atuaram na partida.
O caso gerou repercussão nacional e reacendeu o debate sobre a qualidade da arbitragem brasileira. Nos bastidores da CBF, há uma crescente pressão para que erros graves sejam tratados como falhas operacionais, e não mais como meras interpretações. O episódio também ampliou a insatisfação do Grêmio, que vê na decisão um exemplo da necessidade urgente de reformar os critérios e os processos de atuação dos árbitros no futebol nacional.
