Cientistas sul-coreanos anunciaram um avanço notável no campo da medicina regenerativa ocular. Inspirados pelo peixe-naja, que possui a rara capacidade de regenerar células da retina, os pesquisadores identificaram mecanismos semelhantes em mamíferos, até então considerados incapazes de tal processo.
O estudo demonstrou que nos peixes, as células gliais de Müller passam por uma mutação e se tornam células nervosas, permitindo a substituição de estruturas danificadas da retina. Já nos mamíferos, esse comportamento era bloqueado por uma proteína chamada PROX1, descoberta durante testes em camundongos.
Ao aplicar um bloqueio nessa proteína após lesões oculares em ratos, os cientistas observaram a regeneração parcial da retina, com a formação de novas células funcionais. Isso representa uma possibilidade concreta de reversão de cegueira causada por degeneração retiniana em seres humanos.
A equipe continua realizando experimentos para aprimorar a técnica e garantir segurança e eficácia. Este avanço pode representar uma revolução no tratamento de doenças oculares, trazendo esperança para milhões que enfrentam perda da visão.