A demolição do “bebezão” em Pouso Redondo, Santa Catarina, marcou o fim simbólico de um capítulo curioso da paisagem local. Erguido no início dos anos 2000 como estratégia de marketing por Moacir da Rosa, então proprietário da “Loja do BBzão”, o bebê gigante de 7 metros e 21 toneladas rapidamente deixou de ser apenas uma escultura promocional. Tornou-se um marco na BR-470, uma referência para quem passava pela rodovia e, para muitos moradores e viajantes, um improvável ponto turístico. A escultura, com sua aparência peculiar e imponente, acabou conquistando um lugar afetivo na memória coletiva da região.
Com a aposentadoria de Rosa e a venda da loja, o destino do “bebezão” foi selado. Apesar da intenção dos novos donos de transferi-lo para o novo endereço no Centro de Pouso Redondo, avaliações técnicas mostraram que a estrutura não resistiria ao deslocamento. Assim, restou apenas a despedida — marcada por fotos, vídeos e comentários nostálgicos nas redes sociais. O episódio, tratado com humor e certo saudosismo, revela como objetos inusitados podem ganhar significados profundos ao longo do tempo, tornando-se ícones culturais mesmo quando criados com objetivos puramente comerciais.