Um homem de 36 anos, preso desde janeiro por armazenar pornografia infantil, é investigado como um dos maiores predadores sexuais identificados no Rio Grande do Sul nos últimos 15 anos. Morador de Taquara, ele se aproximava de vítimas adolescentes por meio de aulas de violão, artes marciais e redes sociais, usando estratégias de “engenharia social” para conquistar a confiança das jovens antes de abusá-las.
Até o momento, a Polícia Civil já identificou 127 vítimas em crimes cometidos tanto presencialmente quanto em ambiente virtual, mas o número pode ser muito maior. No computador do suspeito foram encontradas 750 pastas, cada uma com nomes e imagens relacionados aos abusos, o que indica a possível extensão da atuação criminosa ao longo de pelo menos 16 anos.
O homem é músico e professor de projetos sociais, sendo que ele mantinha contato constante com crianças e adolescentes. Sua prisão foi efetuada após uma menina de nove anos contar aos pais que estava sendo ameaçada. De acordo com as autoridades, a criança afirmou que foi contatada por ele em uma rede social, em um perfil em que o suspeito se passava por uma menina menor de idade.
Nesta terça-feira (29), uma mulher decidiu expor os abusos sofridos por ele quando tinha 13 anos. Cerca de nove anos atrás, eles eram colegas de artes marciais, quando o crime teria acontecido.