O empresário e influenciador digital Pablo Marçal (PRTB) recebeu sua segunda condenação de inelegibilidade pela Justiça Eleitoral de São Paulo nesta sexta-feira, 25. Ele foi condenado por abuso de poder econômico, captação ilícita de recursos e uso indevido de meios de comunicação social durante sua campanha à Prefeitura de São Paulo em 2024. Além da inelegibilidade por oito anos, Marçal também foi multado em R$ 420 mil. A decisão ainda pode ser contestada.
A ação foi movida pelo PSB, que acusou Marçal de utilizar seu canal na plataforma Discord para promover campeonatos com prêmios em dinheiro, com o objetivo de incentivar a visualização de conteúdos em sua campanha. Durante o período eleitoral, o empresário chegou a oferecer prêmios que somavam ao menos R$ 125 mil.
O juiz Antonio Maria Patiño Zorz, da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, foi responsável pela decisão. Em sua sentença, ele destacou que Marçal usou métodos ilícitos para impulsionar sua campanha, prometendo recompensas financeiras em troca de engajamento e impulsionamento de seus conteúdos. O magistrado também citou o abuso de poder econômico, caracterizando-o como uma tentativa de alavancar sua popularidade de forma ilegal.
Marçal se manifesta sobre a condenação Em resposta à condenação, Pablo Marçal afirmou, em entrevista ao Terra, que a decisão é “temporária” e que acredita ser possível reverter a situação. “Cumprimos todos os requisitos legais durante a campanha. Confio na Justiça e estou certo de que vamos reverter essa decisão”, declarou.
Histórico de condenações Essa é a segunda condenação de Marçal em 2025. A primeira ocorreu em fevereiro, também por questões relacionadas à campanha eleitoral e à Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije), movida pelo PSB, Guilherme Boulos e a Coligação Amor por São Paulo (Federação PSOL/Rede, Federação Brasil da Esperança/PDT). Ambas as decisões estão sendo analisadas pelo Tribunal Eleitoral.