O fisiculturista Alexsandro Gunsch, 49 anos, foi condenado a 26 anos e 8 meses de prisão pelo assassinato de Débora Michels Rodrigues da Silva, 30, ocorrido em janeiro de 2024 em Montenegro, no Vale do Caí. Após maratona judicial de 16 horas, o Tribunal do Júri considerou o crime como feminicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel e uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
O caso chocou a região quando o corpo da personal trainer foi encontrado abandonado na calçada da casa de seus pais. Gunsch, que estava em processo de separação de Débora, confessou o crime à Polícia Civil três dias depois, mas apresentou versão divergente da acusação. Enquanto ele alegou morte acidental durante discussão, o Ministério Público provou premeditação, destacando que o réu agiu sob efeito de cocaína e por não aceitar o fim do relacionamento.
Débora, conhecida como “Debby” pelos alunos, era formada em Educação Física e campeã de fisiculturismo. Dois dias antes do crime, havia vistoriado o imóvel onde planejava recomeçar a vida. A comoção com seu assassinato mobilizou a comunidade, que realizou protestos por justiça.
Esta foi a segunda tentativa de julgamento – o primeiro foi suspenso em março após Gunsch demitir sua defesa. O condenado permanece preso desde janeiro de 2024 e cumprirá pena em regime fechado. A família de Débora acompanhou emocionada a leitura da sentença, que considerou todos os agravantes do crime.
Com informações: GZH