O que seria um encontro consensual entre um sargento da Polícia Militar do Distrito Federal e uma garota de programa terminou em violência e hospitalização, na tarde de quarta-feira (7), em um motel de Taguatinga Sul, no Distrito Federal. A confusão deixou os dois envolvidos feridos: o militar sofreu cortes profundos no braço e foi encaminhado ao Hospital Santa Marta, enquanto a travesti, de 30 anos, teve ferimentos superficiais e foi atendida no Hospital Regional de Taguatinga. Ambos passam bem.
Segundo a PMDF, o sargento relatou que a mulher teria jogado um pacote com uma substância semelhante à cocaína dentro do carro dele, o que o teria deixado nervoso. A versão será investigada pela 21ª Delegacia de Polícia, responsável pelo caso. A perícia vai analisar o conteúdo do pacote, o que pode agravar a situação do militar caso a droga seja confirmada.
A garota de programa, por outro lado, apresentou outra versão. Ela afirmou que o policial já havia feito uso de entorpecentes antes do encontro e que os dois se conheciam de outras ocasiões. Após uma hora de programa, ela teria cobrado um valor adicional por tempo excedente, o que teria irritado o sargento, que a agrediu com socos, chutes e tentou enforcá-la. Para se defender, ela quebrou uma garrafa e atingiu o homem com um caco de vidro.
O caso foi registrado como lesão corporal recíproca e porte de entorpecente para consumo pessoal. A Polícia Civil segue apurando os fatos e aguardará o laudo toxicológico para dar andamento à investigação. A Polícia Militar do DF ainda não se manifestou oficialmente sobre o caso.
