Relatório indica que vigilante de Novo Hamburgo preso por suposto ataque em show de Lady Gaga pode ser inocente

Um relatório do Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab), vinculado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, aponta que o vigilante Luis Fabiano da Silva, de 49 anos, morador de Novo Hamburgo, pode ser inocente na investigação sobre um suposto plano de atentado durante o show da cantora Lady Gaga, ocorrido no último sábado (3), na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. Segundo o documento, o IP de Silva foi clonado por integrantes de um grupo extremista que articulava o ataque por meio de plataformas como o jogo online Roblox e o aplicativo Discord.

De acordo com o advogado Michel França, que assumiu a defesa do vigilante, o inquérito da Polícia Civil do Rio de Janeiro não apenas não identifica Silva como mentor do plano, como sugere que ele tenha sido vítima de um golpe digital. O grupo teria utilizado ao menos cinco IPs diferentes, um deles vinculado à conexão de internet do hamburguense. “Foi identificada uma das pessoas que se utilizou do IP dele. Isso reforça que ele também foi vítima”, afirmou o advogado.

Luis Fabiano, no entanto, permanece preso por posse irregular de armas, apreendidas durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão. Segundo a defesa, um erro de cadastro sobre a situação das armas levou à conversão da prisão em flagrante para preventiva. Com base nos novos elementos e no relatório do Ciberlab, a defesa entrou com um pedido de liberdade provisória, que está sob análise do Ministério Público e deve ser apreciado pela Justiça até o final de semana.

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