Uma explosão de grande magnitude no porto Shahid Rajaee, na cidade de Bandar Abbas, no Irã, deixou 46 mortos e cerca de 1.200 feridos no último sábado (26). A tragédia, que abalou a principal zona portuária do sul do país, ocorreu em uma área de contêineres onde, segundo autoridades locais, eram armazenados materiais inflamáveis e produtos químicos. As causas exatas da explosão ainda estão sendo apuradas, mas relatos preliminares apontam para falhas no manuseio dos itens armazenados.
O episódio acontece em um momento sensível para o Irã, que retomava negociações nucleares com os Estados Unidos em Omã. O presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, visitou os feridos e cobrou respostas rápidas, enquanto o líder supremo, aiatolá Ali Khamenei, ordenou uma investigação rigorosa. Autoridades locais descartaram, por ora, a hipótese de sabotagem e atribuíram a tragédia a “incompetência”, enquanto informações extraoficiais levantam suspeitas sobre a presença de produtos químicos usados para combustível de mísseis no local.
Apesar da gravidade do incidente, instalações petrolíferas próximas não foram afetadas, conforme declarou a Companhia Nacional de Refino e Distribuição de Petróleo do Irã. A explosão gerou uma onda de choque que quebrou janelas a quilômetros de distância e reacendeu temores de segurança no país, especialmente após o desastre similar ocorrido em Beirute, em 2020. O governo local decretou três dias de luto oficial enquanto as investigações seguem em andamento.