O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), declarou ser contra a concessão de anistia a investigados por ações que atentaram contra os Três Poderes. Em entrevista à CNN Brasil no dia 25 de março, ele destacou a importância do julgamento e da responsabilização proporcional aos crimes cometidos. Contudo, a opinião do governador precisa de parte da direita para emplacar a nível nacional, uma vez que a maior parte da direita não concorda com sua opinião.
— Eu sou contra a anistia, entendo que merecem sim ser julgados. Agora, tem que ter um cuidado sobre a proporcionalidade das penas — afirmou.
Durante a entrevista, Leite comentou o início do julgamento, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Jair Bolsonaro e outros sete integrantes do chamado “núcleo 1”, acusados de participação em um plano de golpe. O governador destacou que confia nas instituições brasileiras, como a Polícia Federal, o Ministério Público Federal e o próprio STF.
Eduardo Leite também relembrou o processo que levou à prisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante a Operação Lava Jato, como exemplo da necessidade de tratar todos os casos com o mesmo rigor institucional.
— Todos aqueles que usaram o processo do atual presidente para atacá-lo devem agora respeitar o mesmo processo que vai acontecer ao ex-presidente Bolsonaro — pontuou, ressaltando que respeita o curso judicial em ambos os casos.
Na época, o governador afirmou que não tem domínio completo sobre o processo que levou à denúncia e, por isso, não se sente apto a opinar sobre condenações específicas. O julgamento no STF avaliará se Bolsonaro e os demais acusados se tornarão réus, com os demais processos sendo analisados de forma escalonada.
