Os réus Claiton da Silva Mallet, Fernando Toledo Bastos e Gederson Aguiar Ribas foram condenados pelo Tribunal do Júri da Comarca de Montenegro, nessa quarta-feira (9/4), pela morte do policial penal Jair Fiorin. Em conformidade com a decisão do Conselho de Sentença, a Juíza de Direito da Vara Criminal da Comarca de Montenegro, Débora de Souza Vissoni, aplicou a cada um dos réus a pena de 32 anos e 2 meses de prisão, todos em regime inicial fechado. Eles também foram condenados por homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, recurso que dificultou a defesa da vítima e para assegurar a execução e impunidade de outros crimes) e pelo crime conexo de roubo. Outros acusados de envolvimento no mesmo caso já haviam sido julgados.
A sessão de julgamento teve início às 10h, encerrando-se por volta da meia-noite. Durante o júri, houve o depoimento de quatro testemunhas de acusação. Atuaram o Promotor de Justiça Caio Isola de Aro e a Promotor de Justiça Valério Cogo. A defesa dos réus foi conduzida pelos Defensores Públicos Gustavo Satt Corrêa e Carolina Zago Cervo e pela Advogada Mariana Soares Pinto da Silva.
O Caso
Segundo o Ministério Público, em 16 de janeiro de 2005, nas imediações da Penitenciária Modulada Estadual de Montenegro, os réus, acompanhados de outros homens, fortemente armados com pistolas, metralhadoras e fuzis, realizaram uma emboscada contra a escolta da Susepe com o objetivo de facilitar a fuga de dois presos. A denúncia relata que eles estavam sendo levados ao hospital após simularem uma briga dentro da penitenciária. De acordo com a acusação, durante o trajeto, a viatura da Susepe foi alvo de disparos de arma de fogo que atingiram o policial penal Jair Fiorin. Os réus fugiram do local com as armas e um celular dos agentes da Susepe. Socorrido ao hospital, Jair Fiorin não resistiu aos ferimentos, vindo a falecer em 28 de janeiro de 2005. Em homenagem a ele, a Penitenciária Modulada de Montenegro passou a denominar-se Penitenciária Modulada Estadual de Montenegro Jair Fiorin.