As obras de reconstrução do talude do arroio Dilúvio, conduzidas pelo Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae), seguem em ritmo acelerado em dois trechos da avenida Ipiranga, em Porto Alegre. Iniciadas em janeiro, as intervenções ocorrem nas proximidades da rua São Manoel, no sentido centro-bairro, e junto à rua São Luís, no sentido contrário. A primeira frente de trabalho, próxima à Estação de Bombeamento de Água Tratada (Ebat) São Manoel, já apresenta avanços significativos, com reforço provisório por estacas-prancha de oito metros, que futuramente darão lugar a um muro de contenção.
Para facilitar os trabalhos, o curso do arroio foi desviado com o uso de sacos de ráfia cheios de areia, liberando as margens para a circulação de operários e máquinas pesadas. Essa intervenção, marcada pela proximidade com redes de gás e adutoras de água, exigiu a prorrogação do contrato em dois meses, conforme publicação no Diário Oficial de Porto Alegre. A previsão é que essa etapa seja finalizada até setembro, enquanto a segunda, nas proximidades do Planetário da UFRGS, está na fase inicial, com conclusão estimada para outubro.
O Dmae já contratou empresas para novas frentes de obra na avenida Silva Só e no entorno do campus da PUCRS. Esses canteiros serão abertos nos próximos meses, respeitando a necessidade de minimizar os impactos no trânsito local. Paralelamente, técnicos do departamento trabalham nos projetos executivos para outras cinco áreas críticas. A expectativa é concluir todas as etapas até o primeiro semestre de 2026.
O talude do arroio Dilúvio tem papel fundamental na contenção de enchentes, e sua deterioração é consequência direta dos intensos períodos de chuva dos últimos anos. As técnicas de reconstrução variam entre estruturas de concreto armado e gabiões metálicos. Em paralelo às obras, a ciclovia da avenida Ipiranga terá seu traçado original restaurado gradualmente. Enquanto isso, os trechos afetados estão com sinalização adaptada, permitindo o uso compartilhado entre ciclistas e pedestres.