Homem paga por maconha, é enganado e vai à polícia exigir providências

A Polícia Civil de Goiânia foi surpreendida por uma denúncia incomum: um homem procurou a delegacia para reclamar que pagou R$ 210 por 30 gramas de maconha, mas nunca recebeu a droga. O caso foi considerado atípico pelo delegado Humberto Teófilo, que alertou sobre as implicações jurídicas da queixa.

De acordo com o denunciante, a negociação aconteceu por WhatsApp, mas o traficante desapareceu após receber o pagamento. O homem alegou que, apesar de ser crime, o tráfico de drogas envolve uma relação comercial e que contratos deveriam seguir “princípios de confiança”. Ele também mencionou que outros compradores haviam sido prejudicados.

O delegado, no entanto, afirmou que a denúncia pode trazer consequências para o próprio reclamante. Ele explicou que não há como investigar estelionato em um contexto ilegal e que a compra de substâncias controladas deve seguir meios regulamentados. Além disso, reforçou que o uso medicinal de drogas deve ser feito dentro da legislação vigente.

A autoridade policial também alertou que o homem pode ser responsabilizado por falsa comunicação de crime, caso insista na queixa. O episódio ilustra os desafios das políticas de drogas no país, onde o consumo pessoal pode ser aceito, mas a venda permanece ilegal.

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