Agricultura sofre perda de R$ 2 bilhões devido às enchentes no RS

Após enfrentar uma severa seca na safra passada, que resultou em perdas significativas na produção de soja, arroz e milho, a agricultura na Região Central do Rio Grande do Sul sofreu um novo golpe com as enchentes deste ano. Apesar de uma melhora geral na produção em comparação ao ano passado, a Emater Regional registrou uma perda total de R$ 2 bilhões na safra 2023/2024.

Na safra 2022/2023, a soja teve uma quebra de 50%, com uma média de apenas 24,9 sacas por hectare. O arroz perdeu 4% da produtividade, enquanto o milho sofreu uma perda de 56%. Em contraste, a receita total da safra 2023/2024 foi de R$ 7,6 bilhões, um aumento de 70% em relação aos R$ 4,457 bilhões da safra anterior. Este aumento ocorreu apesar dos danos causados pelas enchentes, refletindo a melhora nos preços dos grãos.

Impacto nas Culturas

Soja: A área plantada de soja foi de 1.057.652 hectares, com uma expectativa inicial de produtividade de 54,5 sacas por hectare. Devido às enchentes, a produtividade caiu para 41,6 sacas por hectare, resultando em uma perda de 700 mil toneladas de soja. Com o preço atual de R$ 120 por saca, a receita bruta da safra foi de R$ 5,28 bilhões.

Arroz: A área cultivada foi de 132.688 hectares, com uma perda de aproximadamente 5% da área não colhida. A produtividade inicial esperada era de 156 sacas por hectare, mas caiu para 132 sacas após as enchentes. Isso resultou em uma perda de 220 mil toneladas de arroz, equivalente a R$ 540 milhões, com o preço atual da saca a R$ 122,55.

Milho: A área plantada foi de 48.975 hectares. A expectativa inicial era de 95 sacas por hectare, mas a produtividade caiu para 65,7 sacas por hectare, resultando em uma perda de 56 mil toneladas de milho.

Perspectivas e Desafios

A melhoria nos preços dos grãos ajudou a mitigar as perdas financeiras, mas as dificuldades enfrentadas pelos agricultores devido às condições climáticas adversas continuam significativas. Os agricultores, já afetados por três anos consecutivos de secas, enfrentam agora o desafio de recuperar suas perdas e estabilizar a produção para as próximas safras.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.