Nova fase da Operação Sisamne mira vazamento de decisões do STJ

A Polícia Federal (PF) avançou, nesta terça-feira (18), em sua investigação sobre um esquema de comercialização e divulgação ilegal de decisões do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A nova fase da Operação Sisamnes resultou no cumprimento de um mandado de prisão preventiva e quatro mandados de busca e apreensão no estado do Tocantins, com autorização do ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF).

A ação policial teve como objetivo principal desmantelar uma rede que vazava informações sigilosas sobre operações policiais em andamento, comprometendo investigações autorizadas pelo STJ. Segundo a PF, a rede clandestina monitorava, negociava e repassava dados confidenciais de investigações sensíveis, prejudicando a eficácia das operações.

Durante a operação, agentes da PF realizaram buscas no gabinete de um procurador de Justiça do Ministério Público do Tocantins (MPTO), em Palmas, onde um advogado que atuava como assessor foi detido. Os investigados são acusados de obstrução de justiça, quebra de sigilo funcional e corrupção ativa e passiva.

As investigações tiveram início em 2023, após a PF acessar mensagens no celular de um advogado assassinado em Mato Grosso. Em novembro, um advogado foi preso no mesmo estado, e 23 mandados de busca e apreensão foram cumpridos. A nova fase da operação se baseia em evidências coletadas em Mato Grosso, que indicam a extensão do esquema para outros estados.

O MPTO informou que não se pronunciará sobre a operação até ter acesso à decisão judicial que a autorizou. O STJ também não emitiu declarações sobre o caso.

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