Homem é condenado a 12 anos por tentativa de homicídio em Bagé que deixou vítima tetraplégica

Em um julgamento realizado em Bagé, no Sudoeste gaúcho, um homem foi condenado a 12 anos de prisão por tentativa de homicídio que resultou em tetraplegia para a vítima. O crime ocorreu em 2018, durante uma festa, quando o autor, então com 22 anos, reagiu a uma discussão com a vítima após sua namorada ser esbarrada acidentalmente por um homem.

O réu aguardou do lado de fora do local e, ao ver o homem saindo, desferiu um tiro no pescoço, atingindo duas vértebras da coluna cervical. A vítima foi socorrida por amigos e levada a um hospital, mas sobreviveu com paralisia permanente no tronco e membros.

O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) apresentou agravantes, como o motivo fútil, uma vez que o crime ocorreu devido a uma briga em uma festa, e o uso de um meio que dificultou a defesa da vítima. O promotor Diogo Gomes Taborda destacou a gravidade da situação e afirmou que recorrerá à Justiça para aumentar a pena do réu, que começará a cumprir a condenação em regime fechado.

“Este julgamento era muito aguardado pela comunidade de Bagé, principalmente pelas consequências geradas à vítima, que perdeu os movimentos do corpo por uma ação fútil e covarde do réu. Graças ao corpo de jurados, a justiça foi feita e foi concedido um pouco de paz à vítima,” afirmou Taborda.

Júri adiado em Montenegro
Em Montenegro, no Vale do Caí, estava marcado o júri popular de um homem de 49 anos acusado de feminicídio, mas a sessão foi adiada. O motivo foi que o réu dispensou seu advogado horas antes do julgamento, e sem representação legal, não poderia ser julgado. O feminicídio ocorreu em janeiro do ano passado, quando a vítima, Débora Michels Rodrigues da Silva, de 30 anos, foi estrangulada pelo companheiro, com quem estava em processo de separação.

O corpo da vítima foi abandonado na calçada da casa dos pais dela, e o réu se entregou à polícia dois dias depois. Ele permanece preso na Penitenciária Estadual de Canoas.

O Ministério Público acusou o réu de homicídio com agravantes, como motivo torpe, emprego de asfixia mecânica, superioridade física, e violência de gênero, configurando um feminicídio dentro de um contexto de violência doméstica.

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