Enteado confessa assassinato e esquartejamento de padrasto em Quintão

Um jovem de 23 anos foi preso na noite de terça-feira (5) pelo assassinato e esquartejamento de Milton Prestes da Silva, de 55 anos, em Quintão, no município de Palmares do Sul. O crime foi descoberto na manhã do mesmo dia, quando familiares e amigos da vítima encontraram seu corpo carbonizado dentro de um freezer.

O suspeito confessou o crime à polícia, alegando que o padrasto agredia sua mãe. Segundo o delegado Antônio Ractz, responsável pela investigação, não há registros formais de violência doméstica. “É a alegação dele, mas precisamos aprofundar a investigação”, afirmou.

Detalhes do crime
Segundo a confissão do jovem, o homicídio ocorreu entre a noite de quinta-feira (29) e a madrugada de sexta-feira (1º), na casa da vítima, onde também funcionava uma conveniência. Ele disse ter esfaqueado o padrasto, colocado o corpo no freezer e, no dia seguinte, retirado para esquartejar e queimar os restos mortais. O objetivo, segundo ele, era enterrar o cadáver.

A esposa da vítima fugiu antes da descoberta do crime e ainda está sendo procurada. No carro que ela utilizou para escapar, foram encontradas ferramentas como serra e serrote, que podem ter sido usadas no crime. O filho alega que ela estava dopada sob efeito de medicamentos, mas a polícia não descarta sua participação.

Captura e investigação
O suspeito foi localizado e preso na cidade de Canela, na Serra Gaúcha, escondido em um ponto de tráfico de drogas. Após ser detido, foi encaminhado ao sistema prisional.

A descoberta do crime ocorreu quando um cunhado e um amigo da vítima decidiram procurá-lo, pois ele não era visto desde quinta-feira. Vizinhos também haviam notado grande quantidade de fumaça saindo da casa na sexta. Quando questionada, a esposa demonstrou nervosismo e fugiu.

Ao entrarem na residência, os homens sentiram um forte odor e, ao abrirem o freezer, encontraram o corpo carbonizado. A Brigada Militar foi acionada e a perícia confirmou que não havia sangue na casa, sugerindo que a queima do corpo ocorreu no local.

O caso chocou a comunidade de Quintão. “Sempre quando morre um, dizem que era uma pessoa legal, mesmo quando não era. Mas esse era gente boa. Trabalhador”, disse o vizinho Cleude Albano Ávila.

A polícia segue investigando a real motivação do crime e a possível participação da mãe do suspeito.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.