Adolescente de 15 anos morre de coqueluche no Rio Grande do Sul

O Rio Grande do Sul registrou sua primeira morte por coqueluche em 2025. A vítima, um adolescente de 15 anos, era morador de Horizontina e tinha o esquema vacinal completo. No entanto, possuía uma doença multissistêmica, que afetava vários órgãos e comprometeu sua recuperação.

O falecimento ocorreu na última semana de janeiro, mas foi divulgado apenas neste mês pela Secretaria Estadual da Saúde. Até o momento, o estado já contabiliza 75 casos da doença. A coqueluche é uma infecção respiratória altamente contagiosa, provocada pela bactéria Bordetella pertussis, e caracteriza-se por crises de tosse seca intensa, podendo atingir os brônquios e a traqueia.

Em 2024, o estado registrou 430 casos, o maior número desde 2013, quando 517 pessoas foram diagnosticadas com a doença. Além disso, no ano passado, voltou a registrar um óbito pela infecção, algo que não acontecia desde 2017, quando três mortes foram confirmadas.

A principal estratégia de prevenção contra a coqueluche é a vacinação. O Ministério da Saúde recomenda três doses da vacina pentavalente nos primeiros meses de vida (aos dois, quatro e seis meses), além de dois reforços com a vacina tríplice bacteriana – um aos 15 meses e outro aos quatro anos, podendo ser administrada até os sete anos incompletos. Já gestantes devem receber a vacina tríplice bacteriana acelular tipo adulto (dTpa) a cada gestação, a partir da 20ª semana.

Além do público infantil e gestantes, a imunização também é recomendada para profissionais da saúde, parteiras, doulas e trabalhadores de creches que lidam com crianças de até quatro anos.

No Brasil, em 2024, foram confirmadas 7,1 mil infecções por coqueluche, o maior número desde 2014, além de 28 óbitos. Em 2025, até 7 de fevereiro, já foram contabilizados 311 casos e três mortes, sendo uma no Rio Grande do Sul e duas em Minas Gerais.

Nos estágios iniciais, a coqueluche pode ser confundida com um resfriado ou outras doenças respiratórias, dificultando o diagnóstico. Para confirmação, exames como PCR, cultura da bactéria, hemograma e raio-x de tórax podem ser solicitados pelos médicos.

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