Clima de Páscoa? Supermercados já começam a expor ovos de chocolate em Porto Alegre

Faltando quase dois meses para a Páscoa, que neste ano será celebrada no dia 20 de abril, consumidores já encontram ovos de chocolate nas prateleiras de alguns supermercados em Porto Alegre. A antecipação da exposição dos produtos tem se tornado cada vez mais comum no setor varejista e, segundo o presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (AGAS), Antônio Cesa Longo, trata-se de uma estratégia comercial que pode variar de acordo com o público de cada empresa.

“É uma estratégia válida, mas que depende de variáveis de empresa para empresa. Uma loja que não tenha climatização, por exemplo, não pode fazer essa antecipação”, explica Longo. “A estratégia comercial varia de acordo com o público de cada empresa, mas essa antecipação já vem ocorrendo também em outras datas festivas”, afirma o líder supermercadista.

Impulso

A presença dos ovos de chocolate mais cedo nas prateleiras pode despertar o desejo de consumo imediato, principalmente entre crianças que acompanham os pais às compras. “Certamente há uma venda por impulso com a antecipação da exposição, mas a conta a ser feita é se esta venda compensa o espaço retirado de outros produtos na gôndola”, avalia Longo.

Ainda assim, segundo ele, há um nicho de consumidores que adquire chocolates temáticos tanto antes quanto depois da Páscoa. “Não há uma regra, mas existe um grupo que consome ovos de Páscoa e colombas pascais antes e depois da data. Depende do tipo de público da loja, do clima e da oportunidade”, afirma.

Cultura

A antecipação da venda de produtos sazonais não é novidade, e o fenômeno tem se expandido para outras datas comemorativas. “Os espumantes, os panetones e outros produtos já deixaram de ser produtos de uma data só”, explica o presidente da AGAS. “É uma cultura que vai sendo quebrada e que tem cada vez mais adeptos”.

Dados CDL Porto Alegre indica que, em 2024, 31% dos consumidores pretendiam gastar até R$ 50 com chocolates para a data, enquanto 40% desembolsariam entre R$ 51 e R$ 100. Outros 21% estavam dispostos a gastar entre R$ 101 e R$ 200, e apenas 8% comprariam acima desse valor.

A mesma pesquisa aponta que os supermercados são o principal local de compra, sendo escolhidos por 78% dos consumidores. Em seguida, aparecem lojas especializadas em chocolates (25%), lojas próprias de marcas favoritas (23%) e lojas de conveniência (22%).

A CDL pretende publicar mais um mapa de intenção de compra em março.

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