Falta de sono faz cérebro consumir a si mesmo, apontam estudos

A privação do sono pode ter efeitos devastadores no cérebro, levando-o a consumir suas próprias conexões neurais. Pesquisas indicam que a falta de descanso adequado ativa células responsáveis por “limpar” resíduos no sistema nervoso, um processo natural que ocorre durante o sono. No entanto, quando essa privação se torna crônica, essas células começam a eliminar conexões saudáveis, prejudicando o funcionamento cerebral.

Um estudo da Universidade Politécnica de Marche, na Itália, mostrou que a microglia – responsável pela remoção de células danificadas e detritos no cérebro – se torna hiperativa em situações de privação de sono, “devorando” sinapses essenciais para a comunicação entre os neurônios. Esse processo pode estar ligado ao desenvolvimento de doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e Parkinson, já que o excesso de atividade microglial está associado à inflamação cerebral.

Além do impacto estrutural, a falta de sono afeta funções cognitivas como memória, concentração e tomada de decisões. A longo prazo, pode contribuir para transtornos psiquiátricos, incluindo ansiedade e depressão. Especialistas recomendam dormir entre sete e nove horas por noite para preservar a saúde cerebral e evitar danos irreversíveis.

Com a rotina acelerada e o uso excessivo de dispositivos eletrônicos, muitas pessoas negligenciam o sono, sem perceber os riscos que essa privação representa. Estudos continuam a investigar maneiras de mitigar esses efeitos, mas a solução mais eficaz ainda é garantir um sono de qualidade e adotar hábitos saudáveis para proteger o cérebro.

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