Coluna | Chefe que não faz gestão, faz pressão

1. Empresas que fazem GESTÃO
Essas empresas se baseiam em planejamento, organização, liderança e controle, criando um ambiente de trabalho estruturado e motivador. Elas acompanham os resultados, mas de maneira estratégica e sustentável.
Características de uma boa gestão:
✅ Metas claras e realistas – definidas com base em dados e análise de mercado.
✅ Processos bem definidos – regras e procedimentos que orientam o trabalho.
✅ Liderança inspiradora – gestores que apoiam, desenvolvem e motivam os colaboradores.
✅ Feedbacks construtivos – retorno constante para melhoria, sem punições injustas.
✅ Valorização da equipe – reconhecimento do esforço e incentivo à inovação.
Exemplo prático:
Imagine uma empresa de tecnologia que precisa aumentar a produtividade da equipe de desenvolvimento de software. Em vez de simplesmente exigir mais entregas, a liderança:
1.Analisa os processos e identifica gargalos.
2.Implementa metodologias ágeis para organizar o trabalho.
3.Oferece treinamentos para aprimorar a eficiência dos programadores.
4.Cria um ambiente colaborativo onde todos se sentem parte do projeto.
5.Estabelece metas alcançáveis e acompanha os resultados de forma transparente.
O resultado? Maior engajamento da equipe, menor taxa de erros e produtividade sustentável.
2. Empresas que fazem PRESSÃO
Essas empresas exigem altos resultados a qualquer custo, sem investir na estrutura ou nas pessoas. A pressão excessiva pode até trazer resultados no curto prazo, mas gera problemas no médio e longo prazo.
Características da pressão descontrolada:
❌ Metas irreais e inalcançáveis – exigências que não consideram a realidade do time.
❌ Falta de suporte – exigem muito, mas não oferecem recursos ou treinamento.
❌ Gestão por medo – ameaças, punições e pressão psicológica.
❌ Ambiente tóxico – alta rotatividade, conflitos internos e desmotivação.
❌ Burnout e queda na qualidade – funcionários exaustos e menos produtivos.
Exemplo prático:
Uma empresa de telemarketing quer aumentar suas vendas. Em vez de investir em treinamentos e melhorar o produto, a liderança decide:
1.Dobrar a meta sem aumentar os recursos da equipe.
2.Monitorar cada ligação e punir funcionários que não vendem o suficiente.
3.Ameaçar com demissões constantes para forçar mais esforço.
4.Criar um ranking de “melhores e piores” vendedores, expondo os de pior desempenho.
O resultado? No curto prazo, alguns vendedores podem trabalhar mais para evitar punições. Mas, com o tempo, o ambiente se torna insustentável: aumento da rotatividade, funcionários desmotivados e queda na qualidade das vendas.
Conclusão: Equilibrar Gestão e Cobrança
O ideal é encontrar um equilíbrio: a gestão eficiente deve cobrar resultados, mas de forma estruturada e humana. Empresas que só pressionam podem ter resultados rápidos, mas comprometem sua reputação e sustentabilidade no longo prazo.
Você já trabalhou em algum desses tipos de empresa? Como foi sua experiência?
Texto: Marília Mariano
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