Suspeita de envenenamento em Torres é transferida após ameaças de detentas

Deise Moura dos Anjos, suspeita de envenenar um bolo que causou a morte de três pessoas da mesma família na véspera de Natal, será transferida para a Penitenciária Feminina de Guaíba, após ser alvo de hostilidades por outras detentas no Presídio Feminino de Torres. Ela foi presa em 5 de janeiro, e desde o dia 22 de janeiro, a unidade de Guaíba já havia solicitado uma vaga para ela. O juiz Jefferson Torelly Riegel autorizou a transferência na quinta-feira (30), embora, até o momento desta publicação, Deise ainda estivesse em Torres.

A mudança se deu principalmente pela falta de estrutura para garantir a segurança de Deise em Torres, onde a superlotação é um problema constante. Com 73 presas e 54 camas, 19 mulheres têm que dormir no chão. Além disso, a gestão penal alegou que o local não possui condições para separar presas com doenças transmissíveis, o que colocaria em risco todas as detentas. Deise está sendo mantida em uma cela separada, mas isso agrava ainda mais a superlotação.

Outro fator importante foi a prorrogação por 30 dias da prisão temporária de Deise, que agora será levada para Guaíba, onde a segurança será melhor garantida.

A direção do presídio confirmou que ameaças e xingamentos contra Deise vêm ocorrendo, especialmente após a revelação de que o arsênio foi detectado no corpo de seu filho de 9 anos, além de outro menino que quase morreu após comer o bolo envenenado. As demais presas têm demonstrado insatisfação com a situação, com algumas fazendo ameaças durante o horário de sol. Para evitar confrontos, Deise é autorizada a ir ao pátio em um turno distinto do das demais detentas.

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