Uma intensa tempestade solar, provocada pela ejeção de uma grande bola de plasma e seu campo magnético pelo Sol, deve atingir a Terra na manhã desta quinta-feira (10), de acordo com meteorologistas dos Estados Unidos. O impacto pode desencadear a formação de auroras boreais em diversas regiões do planeta.
O fenômeno, conhecido como tempestade geomagnética, acontece quando o Sol atinge o pico de seu ciclo solar de 11 anos, período em que sua atividade é mais intensa. Em maio deste ano, o planeta já havia registrado as tempestades geomagnéticas mais fortes das últimas duas décadas, criando espetáculos coloridos nos céus noturnos.
Segundo Shawn Dahl, do Centro de Previsão Meteorológica Espacial dos Estados Unidos, a expectativa é que a tempestade atinja o planeta entre a manhã e o meio-dia (horário do Leste dos EUA), podendo se estender até o dia seguinte. A ejeção de massa coronal (EMC), que viaja pelo espaço a 4 milhões de quilômetros por hora, levou à ativação de um alerta de tempestade geomagnética de nível 4 (G4), um estágio abaixo do nível máximo (G5), que foi observado em maio.
Ainda assim, as previsões exatas sobre o impacto da tempestade só poderão ser feitas pouco antes do evento, quando as partículas solares cruzarem os satélites de monitoramento. A Agência Federal para a Gestão de Emergências (FEMA) e empresas que gerenciam a rede elétrica americana já foram notificadas para tomarem medidas preventivas, se necessário.
Impactos na Terra e visibilidade das auroras
Quando as EMCs atingem a magnetosfera da Terra, elas podem provocar distúrbios em satélites, afetando tecnologias como GPS e sinais de rádio. Especialistas recomendam que aqueles que vivem em latitudes adequadas, longe das luzes urbanas, fiquem atentos para a possível visibilidade de auroras boreais, com maior chance em regiões ao norte da Califórnia ou Alabama, nos Estados Unidos. As câmeras de celulares podem ajudar a captar o fenômeno, mesmo que o olho humano não consiga vê-lo diretamente.