Não é novidade para ninguém que eleições municipais servem de termômetro para medir o clima geral do cenário político do Brasil. Isso não é diferente no Rio Grande do Sul nem agora, nem no passado ou futuro. Assim, grandes nomes nacionais e estaduais estão depositando seus apoios em diferentes chapas das cidades gaúchas.
O ministro Paulo Pimenta (PT), que até poucas semanas atrás atuava na pasta extraordinária da Reconstrução do RS e é o principal nome petista no estado, está prestando seu apoio às candidaturas de esquerda (o que não é surpresa para ninguém). Enquanto isso, o deputado federal Luciano Zucco (PL), que representa a ala bolsonarista no RS, está apoiando as candidaturas de direita (nenhuma novidade também).
Porém, o caso mais peculiar é do governador Eduardo Leite (PSDB). O chefe do Executivo estadual está tentando manter sua base eleitoral unida e acenando para candidaturas não tão próximas de suas ideias. Dessa forma, é possível ver um desgaste tanto em seu governo quanto em sua relevância perante a política gaúcha. Já tínhamos dito antes na coluna que o mesmo estava perdendo força devido ao encolhimento do seu apoio tanto em Pelotas, seu berço político, quanto em Porto Alegre. E isso veio se confirmando.
Com tudo isso em jogo, qual apoio levará mais prefeituras nestas eleições? Para sermos francos, apenas os próximos dias vão nos dizer isso com certeza. A única certeza imediata que podemos ter é que o governador Eduardo Leite encolheu, enquanto o restante dos eleitores e da população seguem polarizados.