Coluna | Oportunismo na tragédia

Não bastassem as dificuldades criadas pela maior enchente já enfrentada no Estado, com sérias consequências em diferentes áreas, ações de assaltantes e saqueadores, que têm aumentado muito o trabalho de servidores da segurança pública, que recebem reforços de outros Estados, surgem novas formas de oportunismo de quem tenta tirar proveito da tragédia alheia.

Ontem foi em Palmares do Sul e em Mostardas, no Litoral Norte do Estado, mas já havia ocorrido em outras cidades: o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio Grande do Sul (GAECO/MPRS), com apoio da Polícia Civil, deflagrou operação para combater o desvio de doações para uso em campanhas políticas.

O material desviado, que deveria ser usado para ajudar as vítimas da enchente, de acordo as investigações, foram desviados para residências e seriam oferecidos em troca de votos nas eleições municipais deste ano.

Os envolvidos, se comprovadas as suspeitas, responderão por crimes de apropriação indébita, peculato e associação criminosa. Mas, mais do que isso, devem ser cassados, caso já estejam ocupando cargo legislativo, ou exonerados, caso ocupem alguma pasta no Executivo, uma vez que´, ainda que nomes não tenham sido divulgados, sabe-se que há um vereador e um secretário municipal entre os investigados. E, é claro, impedidos de concorrer. Nada mais absurdo do que tentar tirar proveito da tragédia alheia.

Renato Dornelles

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