Equador é o primeiro país da Amazônia a anunciar apagão devido à seca extrema

O Equador enfrenta uma grave crise energética e hídrica que atingiu seu ponto mais crítico, tornando-o o primeiro país da região amazônica a declarar um apagão nacional. A decisão drástica está diretamente relacionada à severa seca que impacta drasticamente as hidrelétricas, principais fornecedoras de energia elétrica no país. A partir desta quarta-feira (18), o país ficará sem eletricidade das 22h até as 6h da manhã seguinte (horário local), numa medida de manutenção emergencial e preventiva para tentar conter um colapso energético mais amplo.

A falta de chuvas, que se intensificou nos últimos meses, reduziu drasticamente o nível das represas hidrelétricas, comprometendo o fornecimento de energia para boa parte do país. Hidrelétricas, que dependem diretamente do volume de água armazenado, não conseguem operar em plena capacidade. Isso forçou o governo de Daniel Noboa a decretar o apagão como tentativa de evitar problemas ainda mais graves no sistema energético.

De acordo com o governo equatoriano, a medida de manutenção preventiva no sistema de transmissão e na rede de distribuição elétrica custará cerca de US$ 2,19 milhões no total. Embora o objetivo seja minimizar o impacto sobre a população e a economia, a medida é um reflexo claro da vulnerabilidade do país frente às mudanças climáticas.

A decisão do Equador pode ser um prenúncio para outros países da Amazônia, como Brasil e Peru, que também estão enfrentando os efeitos crescentes das mudanças climáticas, como secas e instabilidades nos seus sistemas hídricos e energéticos. O caso equatoriano destaca a importância de soluções sustentáveis e de longo prazo para garantir a estabilidade energética em regiões que são cruciais para o equilíbrio climático do planeta.

Com esse cenário, fica evidente que ações mais amplas e coordenadas são necessárias para lidar com os desafios impostos pela crise climática, que não apenas impacta a geração de energia, mas também coloca em risco ecossistemas essenciais, populações locais e economias inteiras.

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