Coluna | O difícil retorno

A volta para casa nunca havia sido tão coletivamente dolorosa como está acontecendo em Porto Alegre e em outras cidades gaúchas, onde parcelas expressivas da população tiveram que abandonar seus lares às pressas, diante do avanço das águas. E muitos, que perderam tudo, inclusive a casa, não tiveram sequer esta oportunidade.

O reencontro, iniciado há duas semanas, mas interrompido na quinta-feira, dia 23, quando em 12 horas choveu o equivalente ao esperado para um mês inteiro, como não poderia ser diferente, tem sido marcado pela decepção. Seja de quem perdeu parte de seu patrimônio, seja por quem perdeu tudo.

Esta triste situação tem se repetido e sido demonstrada nas redes sociais, onde atingidos, com humidade, pedem socorro. Em relação a isso, para quem for contribuir, é preciso tomar muito cuidado, checando ao máximo as fontes dos pedidos e o destino da ajuda. Nunca é demais lembrar, há sempre golpistas oportunistas tentando tirar vantagens da tragédia e do espírito de solidariedade.

Os esperados dias de sol, com a baixa das águas, há de chegar. E uma fase tão difícil quanto as até aqui enfrentadas  virá junto. A reconstrução e a recuperação do que for recuperável não serão fáceis.

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