Crítica | Alien Romulus, por Rafa Gomes

O Porto Alegre 24 horas foi conferir novo Alien Romulus em primeira mão!

Uma das mais famosas sagas sci-fi, retorna aos cinemas.

Tendo início em 1979 com o lendário longa-metragem ‘Alien, o Oitavo Passageiro’, encabeçado por Ridley Scott, o icônico terror de ficção científica transformou-se em uma saga que atravessou décadas e mídias diversas até sagrar-se uma das mais influentes da sétima arte, principalmente no gênero. Entre altos e baixos, é notável como os fãs mais assíduos continuam apaixonados.

Em sua última adaptação realizada a exatos sete anos atrás, ‘Alien: Covenant’, retornamos novamente a esse cosmos intergaláctico com o ambicioso ‘Alien: Romulus’.

A trama se passa entre os eventos do primeiro filme e do segundo, ‘Aliens, o Resgate’, e nos leva a um planeta terraformado que funciona como colônia humana. Lá, os habitantes são obrigados a trabalhar copiosamente para coletar horas o suficiente para sair dessa espécie de prisão sem grades e ir para o merecido “paraíso”, por assim dizer, ainda mais considerando que seu atual lar é desprovido de qualquer contato com a luz do sol. Nesse cenário quase apocalíptico, acompanhamos Rain (Cailee Spaeny), uma jovem órfã que vive com o irmão, um sintético chamado Andy (David Jonsson). Rain tenta a todo custo sair de lá com a única pessoa que restou de sua família, mas se vê num beco sem saída até uma oportunidade imperdível aparecer através de seu amigo, Tyler (Archie Renaux), acompanhado da irmã, Kay (Isabela Merced), e dos companheiros Bjorn (Spike Fearn) e Navarro (Aileen Wu), pretendem viajar até uma estação espacial desativada, recuperar as câmaras de criogênio que lá estão e, assim, assegurar a viagem de todos até a “terra prometida”, sem imaginar estarem caminhando em direção à morte certeira. Afinal, a estação se tornou um antro de xenomorfos que destruíram qualquer vida em prol de se manterem vivos.

O longa-metragem funciona em um âmbito de fazer homenagens e trazer referências aos filmes que o antecede, em simultâneo, não chega a fazer grande expansão do universo. Um dos elementos que precisa ser explorado é a sólida direção de Fede Álvarez, que já emprestou suas habilidades para o ótimo suspense ‘O Homem nas Trevas’. Álvarez sabe como conduzir a câmera sem entregar de bandeja as reviravoltas de cada ato, permitindo que as sequências falem por si só se transformando em pequenas joias artísticas, com ótimas e bem feitas fotografias. Na mesma medida, escolhas de enquadramento e de cenário homenageiam cenas memoráveis, de outros longas da saga, mas com uma pitada de originalidade que é sempre bem-vinda.
Os atores ainda desconhecidos na maioria se entregam de corpo e alma. Mas é Spaeny quem rouba os holofotes com uma interpretação ótima, reiterando sua incrível versatilidade artística, principalmente após ter brilhado em títulos como ‘Priscilla’ e ‘Guerra Civil’. Afastando-se de quaisquer tangências a uma teatralidade exagerada, ela sabe como entregar os diálogos e mostra conhecer Rain a fundo, permitindo que ela nutra de similaridades com Ellen Ripley (Sigourney Weaver), a heroína da quadrilogia clássica.

O filme pode não chegar a ser livre de alguns equívocos, principalmente nas transições,,do segundo para o terceiro ato e na extensão um tanto quanto demasiada que antecipa o seu fim. Porém, tais deslizes não chegam a atrapalhar a experiência do longa.

‘Alien: Romulus’ emerge como um dos melhores títulos da saga ‘Alien’, sendo arquitetado com muito respeito a sua saga original , se tornando assim um satisfatório filme. Posso dizer, inclusive, que o longa surpreendente e se torna um sopro de ar fresco a uma série que já vinha desgastada.
Este novo filme estreia nos cinemas no dia 15 de agosto, agora basta garantir o ingresso e conferir nas Telonas.

Critica- Rafa Gomes.

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