Qual o risco de morrer em uma viagem aérea?

A recente queda de um avião da Voepass em Vinhedo, com 62 vítimas fatais, reacendeu o debate sobre a segurança da aviação. É natural que acidentes aéreos, por sua gravidade e repercussão, aumentem o medo de voar. No entanto, dados estatísticos mostram que a aviação comercial é uma das formas de transporte mais seguras do mundo, com índices de acidentes em constante queda.

Um estudo do Massachusetts Institute of Technology (MIT) revela que a chance de morrer em um acidente aéreo em um voo comercial entre 2018 e 2022 foi de 1 em 13,7 milhões. No Brasil, esse risco é ainda menor, de 1 em 80 milhões. Esses números representam uma melhora significativa em relação a décadas anteriores e demonstram o avanço contínuo em termos de segurança aérea.

Segundo o professor Arnold Barnett, coautor do estudo, a chance de morrer durante uma viagem aérea continua caindo cerca de 7% anualmente. Essa tendência se deve a diversos fatores, como avanços tecnológicos, aprimoramento das normas de segurança e maior rigor nas operações aéreas.

A pesquisa do MIT classifica os países em três grupos, de acordo com suas regulações de aviação. O Brasil se encontra no segundo grupo, com regras mais rigorosas do que a média mundial, mas menos rigorosas do que os países do primeiro grupo, como Estados Unidos, Reino Unido e países da União Europeia.

É importante ressaltar que, mesmo nos países com regulamentações menos rigorosas, a chance de morrer em um acidente aéreo é extremamente baixa. No entanto, é justamente por serem eventos raros que os acidentes aéreos causam grande impacto e repercussão na mídia.

A queda do avião em Vinhedo foi o maior acidente aéreo comercial no Brasil desde 2007. No entanto, o número total de acidentes aéreos com vítimas fatais no país se manteve relativamente estável na última década, com a maioria envolvendo aeronaves de pequeno porte.

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